quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sentimento renovado


Brasileiro quando é desafiado não facilita nunca para o adversário tanto dentro quanto fora de campo. E quando digo fora de campo, me refiro ao torcedor e é nele que vamos nos deter agora.
A Copa do Mundo de 2006 era tida como ganha pelos torcedores brasileiros. A festa já estava armada e nada poderia dar errado, pois em campo tínhamos uma constelação de craques que garantiriam tudo para nós. Partindo desses princípios, a torcida do Brasil entrou na Copa da Alemanha sem acreditar que teria fortes surpresas e emoções. E foi dessa forma, fria e sendo eliminados nas quartas, da fase eliminatória, que não "vivemos" a última Copa do Mundo.
Novamente, quatro anos se passaram e outro Mundial chegou, desta vez, na África do Sul. Durante esses quatro anos alternamos períodos de certezas e dúvidas, contentamento e revolta, e sempre tendendo para o lado negativo. Porém, em tempo de Copa, quanto mais nos aproximamos dela, os sentimentos dos torcedores renovam-se, nos unimos adotando a seleção e a sua causa, e um nacionalismo gigante estampa-se em todo lugar.
Os brasileiros estão, mais uma vez, unidos e com uma necessidade extremamente positiva de provar-se, outra vez, perante ao mundo e tomara que obtenhamos o sucesso pela sexta vez. Por onde passamos, vemos diversos lugares enfeitados em verde e amarelo, nas ruas as pessoas "vestem o Brasil", nos trabalhos, nas casas, nos bares e restaurantes, nas praias, vemos uma torcida que tem orgulho de precisar fazer o que não precisou em 2006: torcer.
Ontem foi a estreia da Seleção Brasileira na Copa de 2010. O adversário foi a Coréia do Norte. Um adversário fraco, é verdade. Porém, na rua não se via uma pessoa que não estivesse acompanhando o jogo e torcendo. No 1º tempo, a seleção não criou chances claras de gol, arrancando emoções da torcida em um chute ou outro ao gol. A angústia e a espera pelo gol só aumentavam e o empate permaneceu. No 2º tempo, a seleção voltou melhor, tocando bem a bola e foi assim com dois bons passes que o Brasil conseguiu marcar. No 1º gol, Elano passou para Maicon que contou com a saída precipitada do goleiro para fuzilá-lo. No 2º, Robinho lançou Elano e este, frente ao goleiro, concluiu de forma precisa para ampliar a vantagem. Ao final da partida, aproveitando-se da desatenção da defesa, os norte-coreanos empataram e o nome do jogador que fez o gol fica por conta da imaginação de vocês. Robinho e Juan mantiveram-se num nível superior aos outros que jogaram. Placar final: 2 a 1 para o Brasil.
Nos dois gols que o Brasil marcou, a torcida comemorou com mais vontade do que todos os gols que fizemos em 2006. Foi apenas a estreia, pessoal. E estreia é assim mesmo. A seleção norte-coreana joga muito fechada e nosso estilo de jogo é o contra-ataque. O Brasil precisa melhorar. Kaká e Luís Fabiano precisam jogar bem, pois junto com Robinho formam um trio de ouro, e Dunga precisa deixar o conservadorismo de lado e substituir, mesmo que cedo, se assim for preciso. Nossa torcida não deve desanimar. Devemos manter a confiança, torcer mais que todos no mundo (com o jeito que só o brasileiro sabe) e orgulhar-se de termos mudado o jeito de pensar para poder assim ter não somente um time, mas também uma torcida vencedora. Fico por aqui, pessoal, e sigo esperando que eu possa lhes contar mais seis capítulos sobre a nossa seleção!
Tchau, até mais!

2 comentários:

  1. concordo na íntegra com tudo o que você escreveu pois devemos nos conscientizar que só a união é que faz a força, devemos ter pensamento positivo que é o fator principal do sucesso.

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  2. tambem percebi isso!
    acho que esse ano esse título não escapa!
    Abraços Rafa e o blog ta ótimo!

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